O estresse e seu impacto na qualidade de vida
- L-PSICOBIO
- 23 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
O estresse é um conjunto de respostas não específicas do corpo necessárias para a adaptação à demanda do momento (SELYE, 1959 apud FILGUEIRAS; HIPPERT, 1999). Em quantidades adequadas, o estresse leva o indivíduo a ter respostas adaptativas positivas, o que corresponde ao eustresse, ou seja, o estresse bom. Já em excesso, o estresse pode provocar o desgaste do organismo, o que diz respeito ao distresse, isto é, ao estresse ruim (RODRIGUES, 1997 apud FILGUEIRAS; HIPPERT, 1999).
A reação ao estresse pode ser dividida em três fases: alarme, resistência e exaustão. Na fase de alarme, há a percepção do estressor – tudo aquilo que produz estresse – e ativação do “eixo do estresse”, composto pelo hipotálamo, hipófise e pelas glândulas adrenais. Essa primeira fase culmina na liberação dos hormônios adrenalina e cortisol que provocam uma série de respostas fisiológicas no organismo, como a dilatação da pupila e o aumento dos batimentos cardíacos, para preparar o organismo para situações de “luta ou fuga” (ANDREOLI, 2007).
Na segunda fase, aumenta-se a resistência do organismo, e ocorre a adaptação dele, estabelecendo o equilíbrio interno dinâmico do corpo. No entanto, se o estressor for muito intenso e permanecer no organismo, desencadeia-se a terceira fase, a exaustão, na qual o indivíduo não consegue se adaptar apropriadamente e fica mais suscetível a desenvolver doenças, acarretando consequências negativas que serão abordadas a seguir.
Dependendo do tipo de estresse recebido pelo corpo, a reação pode ser variada. Atingindo áreas e níveis diferentes. Para cada situação um tipo de hormônio é liberado pelo organismo. Essa variação depende do ser, do tempo de estímulo, condições físicas, entre outros. Esse fator faz com que a questão do estresse seja variável e não específica. Considerando o nível de estresse interpretado pelo corpo, a reação pode permanecer causando consequências no indivíduo por tempo indeterminado.
Graças a esse desníveis hormonais, alguns eixos sofrem inibições, ou seja, substâncias necessárias para o bem estar humano são reduzidas. Sendo assim, pode ocorrer alteração na libido, impotência, amenorreia e até infertilidade, tanto para homens quanto para mulheres. Essas são algumas das consequências que o estresse causa no organismo.
O excesso de cortisol diminui a atividade do sistema de recompensa, a produção de dopamina é afetada. Este hormônio também é imunossupressor, ou seja, influencia no sistema imunológico. Diante pesquisa/estudos realizados em laboratório, estresse em excesso causa alterações no sistema cardiovascular, prejudicando e podendo evoluir a casos graves. Outro aspecto que os estudos revelaram foi a relação com a ansiedade e depressão, que tem sido predominante. Além de quadros diretos, a problemática também desencadeia problema como por exemplo disfunção alimentar, que deriva vários outros fatores prejudiciais a qualidade de vida. Portanto, são essas algumas das consequências que o estresse causa no organismo.
Referências:
ANDREOLI, Carla Parada Pazinatto. Mecanismo do Estresse. (2007) Disponível em: https://www.fef.unicamp.br/fef/qvaf/mecanismo-do-estresse. Acesso em: 17 maio 2022.
FILGUEIRAS, Julio Cesar; HIPPERT, Maria Isabel Steinherz. (1999). A polêmica em torno do conceito de estresse. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 3, n. 19, p. 40-59. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1414-98931999000300005. Acesso em: 24 maio 2022.
Comments